A geração z, que também é denominada de Centennials ou IGen, são as pessoas que nasceram junto com a ascensão da tecnologia. Existem algumas divergências sobre as datas por parte dos pesquisadores, nos EUA a geração Z são os nascidos entre 1995 e 2009 e aqui no Brasil entre 2000 e 2009.
Segundo as pesquisas, por terem tanto o celular presente em suas vidas, costumam checá-lo em torno de 80 vezes por dia.O acesso à tecnologia é muito mais fácil para essa geração, são mais ágeis dentro desse meio, comparando com um adulto por exemplo, que não cresceu com toda essa tecnologia.
E por que devemos entender a geração Z?
Porque são eles que estão atualmente na adolescência, período das descobertas, escolhas de quais rumos tomar. Um período para começar a pensar na vida adulta, o futuro do país. Precisamos cuidar e orientar para que seja uma geração saudável, positiva, engajada e que possa contribuir para um mundo melhor.
Geração Z no Brasil
A geração Z é composta por jovens de diversas personalidades e características, sendo uma delas o fato de não gostarem de definições. Não querem ser rotulados por ser “assim ou assado”, não dão importância para gênero, estilo musical, opção política, cor de pele, aliás, muitos lutam por causas como o racismo, homofobia, xenofobia e o machismo. São pessoas mais engajadas em causas sociais, pois muitos sofrem na pele o preconceito, seja por raça, orientação sexual ou pelo simples fato de ser o que é.
Algumas características dessa geração é se sentirem mais responsáveis pelas coisas, entendem que possuem uma cobrança maior por estarem em uma época onde se tem “tudo”, acessos infinitos a informação, comparada ao que seus pais tiveram. Se sentem capazes de mudar o mundo, mas também são indecisos e ansiosos. Ansiedade e depressão também são características dessa geração, que já nasceram conectados, e cresceram em meio a tecnologia, com a velocidade do mundo virtual.
Se tratando de trabalho, muitos jovens buscam algo que se identifiquem, não querem se enquadrar em trabalhos comuns, seguir regras e culturas de empresas que podem não concordar. Algo que tem a ver com a prioridade que dão a sua identidade. Querem ser vistos como realmente são, não é uma geração que adotará comportamentos e posturas “socialmente aceitáveis”, eles querem ser o que são. E muitos nem buscam serem aceitos, apenas querem ser respeitados.
Outro lado dessa turma, não fazem questão que os outros pensem igual a eles, querem e gostam de colocar seu ponto de vista, são abertos ao diálogo, mas não insistem que concordem com eles e não gostam que façam o mesmo.
Como muitos jovens sabem o que seus pais, pessoas da geração X e Y, vivenciaram em questões financeiras logo, buscam estar melhor, com estabilidade. Como não fazem questões de se definirem, estão em constante evolução pessoal, se descobrindo e redescobrindo, sem nenhuma preocupação.
Na parte de consumo, a geração Z valoriza o autêntico, querem se conectar através de emoções, estão atentos a bandeiras e posicionamentos que as marcas mostram. Por serem 100% conectados, quem quer vender para essa turma também precisa estar conectado e falando a mesma língua.
Interatividade é o elemento do momento, é a base das comunicações na internet, permitir que o público interaja, comente, critique, sugira. Não são pessoas que valorizam o TER como antigamente, estão mais conscientes em relação a isso, valorizando o SER, e com isso consumindo serviços de compartilhamento, que vem crescendo.
Segundo uma pesquisa da Verizon Media com 4,2 mil pessoas no Brasil, sobre alguns interesses dessa geração, mostrou que eles buscam mais propósitos nas interações, que também é outra característica. São jovens que têm um propósito no que fazem e procuram para sua vida. Nessa pesquisa em uma comparação com outra
de 2016 o interesse por conteúdo político subiu 72%, 62% consome conteúdo sobre meio ambiente, e 14 % sobre temas sociais.
Sobre o porquê procuram as interações no ambiente digital, disseram que querem aprender coisas novas, assuntos específicos, ter novas ideias e se manter atualizado com o que está acontecendo no mundo.
Porém, nem tudo são flores para essa geração. Um dos problemas que se mantém de outras gerações, é a alta do desemprego. Muitos jovens estão sem oportunidades de emprego e buscam se virar em trabalhos informais, como entregadores de comida por aplicativo com bicicletas, já que nem todos possuem carteira de habilitação.
Com o crescimento da internet, surgiram as profissões mais modernas, como os Youtubers, desejo de muitos jovens, mas que não é tão simples atingir uma renda mensal que dê para se sustentar e convencer os pais de que isso é trabalho.
Com a falta de oportunidade, já que muitas empresas exigem experiências mesmo de quem é recém formado, muitos acabam recorrendo a atividades ilícitas por verem como único caminho para ajudar em casa; 30% da população carcerária está entre os 18 e 24 anos, mas muitos entendem a importância de estudar e procurar um trabalho quando saírem.
Algumas características podem ser parecidas dentro da geração Z, mas também existem as diferenças dentro de cada região do país, como nas metrópoles, zonais rurais e classes sociais.
Segundo estimativas, a geração Z está em torno de 47 milhões de jovens no Brasil, logo, muitos jovens para lutar por mundo melhor!
Referências:
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