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Foto do escritorCarolina Thans

7 fatores que podem se associar a dependência de internet

Atualizado: 2 de ago. de 2020

Segundo uma pesquisa, da população diagnosticada com dependência de internet, 1/3 tem alguma comorbidade e os outros 2/3 possuem características e traços de personalidade que podem contribuir para esse diagnóstico. Alguns eventos estressantes como bullying e problemas familiares também podem desencadear um uso excessivo da internet e das tecnologias.


A dependência de internet não surge sozinha, ela costuma vir acompanhada seja de algum transtorno pré-existente, ou alguma característica pessoal que se intensificou com o uso excessivo. A identificação desses fatores é importante para um tratamento adequado, que precisa considerar todos os aspectos da pessoa que podem estar influenciando na dependência.


Confira abaixo esses fatores e como podem estar associados a Dependência de internet e tecnologia:


1 - Depressão: Alguns estudos vem mostrando que o uso excessivo de redes sociais pode causar depressão, mas em muitos casos o uso excessivo só evidencia e aumenta um problema já existente, pois a pessoa já não está bem emocionalmente, não tem vontade de fazer determinadas atividades, sente-se desanimada, com a autoestima baixa.


Ao acessar as redes sociais se depara com imagens de pessoas bem vestidas, em atividades prazerosas, ou seja, pessoas felizes, o que pode contribuir para piorar a situação, já que não consegue se vê nas mesmas condições.


2 - Ansiedade: Todos nós temos um pouco de ansiedade nesse mundo corrido dos dias atuais, mas com a expressiva expansão das tecnologias vem surgindo a ansiedade de informação, que é a vontade de querer saber sempre mais, estar por dentro de todas as notícias, conteúdos ou não estar por dentro de nada, ter falta de informação, e isso gera ansiedade, angústia, pois não vamos conseguir estar sempre atualizados, mesmo porque em muitos casos não é realmente necessário.


3 - TDAH: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade pode ser reforçado por conta do uso excessivo através da quantidade de informação e estimulo que a tecnologia proporciona. A criança/adolescente não consegue medir e controlar o impulso de estar usando e não administra todo conteúdo que recebe.


4 - Transtorno de ansiedade social: Caracteriza-se por um medo excessivo de estar em público, conversar com estranhos, realizar atividades simples no meio de pessoas estranhas como comer, escrever, pois teme pelo seu desempenho, pensa que todos ficarão avaliando. Se não tratado, com o passar do tempo esse transtorno pode causar o isolamento social.


Com o uso da tecnologia a pessoa pode mascarar e reforçar esses comportamentos, pois apesar de tudo ela tem o desejo de interagir com os outros, mas por conta do medo se isola e através da internet e redes sociais por exemplo, ela pode “interagir” sem se expor, ficando em seu ambiente confortável. Ela tem “contato” e conhecimento de tudo que acontece na vida das pessoas sem ter que enfrentar suas dificuldades.


5 - Problemas familiares: Todos nós temos problemas familiares, presenciamos discussões em algum momento, mas imaginemos uma criança ou adolescente que vive em um ambiente conflituoso, presenciando brigas entre os pais ou outras pessoas que morem no mesmo espaço e reflitamos o quanto isso é ruim e desagradável para o indivíduo.


Para se “livrar” disso, ele ficará por grandes períodos de tempo navegando na internet ou jogando vídeo game dentro do “mundo virtual”, que com certeza será mais prazeroso. Não é difícil concluir que o mundo virtual é muito mais atrativo, e isso pode até parecer e ser bom em algum momento, porém, de forma recorrente isso pode ser prejudicial, visto que a pessoa vai querer viver apenas aquele mundo que é mais divertido, sem brigas e não vai querer encarar a vida real.


6 - Bullying: É toda ação repetitiva em torno de alguém com o intuito de ofender, constranger e acuar a vítima. Consiste em ataques com xingamentos e humilhações, muitas vezes por conta da aparência física, visando ofender e machucar, deixando a vitima isolada e frequentemente sem reação. Imaginemos uma criança/adolescente que seja vítima recorrente de bullying.


Se imaginarmos também que essa mesma criança jogue jogos virtuais, a tendência é que o uso passe a ser cada vez mais frequente, em virtude de que num mundo virtual, de fantasias, o jogador é representado por avatares que apresentam características de grande poder físico e poder, portanto, impondo respeito aos adversários. Qual situação seria mais confortável? Uma em que ele é humilhado ou naquela em que é admirado, respeitado ou temido?


Com certeza onde ele se sente bem, respeitado, valorizado. Certamente optaríamos por isso. Dessa forma, é importante que os pais mantenham a atenção quanto a intensificação do uso do vídeo game.


7 - Baixa autoestima: Em tempos de redes sociais, a autoestima tem ficado mais fragilizada. São inúmeros perfis que passam a imagem de uma vida perfeita, pessoas sempre lindas, bem produzidas e bem-sucedidas, nos levando a uma inevitável comparação com a nossa realidade.


Mas devemos lembrar que não sabemos o que esta por trás daquela foto, quantos retoques ela teve, ou se a pessoa tem por trás uma equipe de produção. Provavelmente, ela deve ter uma rotina muito diferente da sua, portanto, não sendo passível de comparação. Sendo assim, a pessoa que está num momento triste, com a autoestima baixa, poderá ficar vendo cada vez mais pessoas que ela acha que são perfeitas, contribuindo assim para que não melhore.


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